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jornalismo

Abuso contra criança é o segundo tipo de agressão mais comum no Brasil

Disque 100 recebeu em 2016, 133 mil denúncias do crime. Situações de negligência, violência psicológica, física e sexual são as mais comuns

Muitas crianças sofrem todos os dias algum tipo de violência ou exploração dentro de suas casas ou pelos seus próprios pais e padrastos. Em três a cada quatro casos, a vítima tem até noves anos.

Na exploração infantil pressupõe uma relação de mercantilização, na qual o sexo é fruto de uma troca, seja ela financeira, de favores ou presentes. Crianças são tratadas como objetos sexuais ou como mercadorias. E pode estar relacionada a redes criminosas.

O abuso sexual não envolve dinheiro ou gratificação, acontece quando a criança é usada para estimulação ou satisfação sexual de um adulto. É normalmente imposto pela força, pela ameaça ou pela sedução.

“O dano maior que fica depois de um abuso é a relação de desconfiança, mas antes de tudo culpa. Eu era só uma criança, mas hoje fico me perguntando porque naquela época eu permiti aquilo e não disse não. As dúvidas e o porquê de tudo ter acontecido ficam no inconsciente e às vezes me fazem chorar”, contara Larissa Sampaio (nome fictício), vítima de abuso sexual na infância.

E o trabalho infantil é a mão de obra de crianças exploradas de forma indiscriminada. Seja no semáforo, nos lixões, em feiras, no campo, restaurantes, em indústrias ou dentro de casa, os direitos à infância e a à educação são negados para quase três milhões de crianças no país.

Por isso, pela emergência dessas, é essencial que as pessoas denunciem, caso saibam de algum abuso ou exploração infantil. O Disque 100 é um serviço gratuito da Secretaria dos Direitos Humanos e recebe anonimamente denúncias pelo telefone – basta discar o número 100 – e por e-mail, por meio do disquedenuncia@sedh.gov.br.

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