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Do design para as lutas: conheça Ricardo Patena Júnior, o pupilo do Muay Thai

O jovem já participou dos eventos War Muay Thai Fight, Thunder Fight e Desafio Jab Direto


Por: Rafaela Silva Ferreira - 29 de setembro de 2022 às 10h55


Natural de Jundiaí, Ricardo Patena Júnior (20) passou boa parte de sua vida acreditando que seu futuro seria o design de games. Sempre foi uma criança bem agitada e cheia de energia, e, embora o gosto por esportes e o fato de prematuramente praticar futebol, basquete, corrida e capoeira, alguns questionamentos pertinentes sobre a indústria de jogos e a economia criativa de um design, eram de certo, o que alugava os seus pensamentos.


Foi quando ele conheceu o Muay Thai. Na época, Ricardo morava em Várzea Paulista e começou a treinar em uma academia do bairro onde morava. Lá, conheceu seu antigo professor, Ageu de Oliveira, que lhe perguntou se sua meta realmente eram as lutas. Então, com uma resposta positiva, os treinos, a preparação e os combates começaram. Esses foram os primeiros passos para o seu ingresso na academia Brazilian Black Thai (BBT), filiada à ISCA, (Federação Internacional de Artes Marciais). Ali, ele conheceu seus atuais mestres, Kris Kay e Jean Kay, ambos com uma vasta experiência, 18 e 27 anos respectivamente. Para Ricardo, foram eles que deram condições para sua promissora carreira. “Eles me deram uma folha em branco, onde agora posso escrever minha história."


Ricardo Patena Júnior, Jean Kay e Kris Kay (Foto: arquivo pessoal)


O jovem lutador conta como conheceu seus atuais mestres. “Conheci primeiro a mestra Kris, em uma das visitas que ela fez na antiga academia que eu treinava para ver a aula do Ageu, meu antigo mestre. Lembro que naquela época, eu estava fora de forma e ela disse uma coisa que ascendeu minha gana de lutador: “Querer é uma coisa. A partir de agora, você precisa desejar." E a partir dali, eu só comecei a ficar mais deslumbrado com os treinos”, disse Ricardo.


O atleta também falou sobre seus planos e as circunstâncias por ser muito competitivo: “Olha, eu sou bem competitivo! Gosto de ganhar e quando entro num evento, quero ser o destaque. Sei que pode ser um passo maior que a perna, mas atualmente quero ganhar o cinturão do UFC. Não só ganhar, quero fazer história, como José Aldo e Anderson Silva. Quero fazer com que quando escutaram meu nome e o nome da minha equipe, sintam a referência.”


Ricardo ainda citou sua rotina de treino, revelando ser bem intensiva. “Treinamos de segunda a sábado, cerca de três a quatro treinos por dia, com intervalos para nosso descanso e alimentação.”


O mestre Jean Kay e seu pupilo, prestes a entrar em combate no evento Desafio Jab Direto (Foto: arquivo pessoal)

O pupilo do Muay Thai não deixou de mencionar Claudio Negro, primeiro varzino a conquistar um lugar no UFC e que também treinava na BBT. Referindo-o como “Cláudião”, Ricardo transpareceu uma enorme fascinação pelo colega de treinos: “[Cláudio] é como o meu irmão mais velho. Quando ainda nem participava da BBT, eu acompanhava ele de longe, indo e voltando dos treinos. Mas nem fazia ideia do futuro dele. O momento em que tive um contato maior com ele foi na época que eu tinha outro emprego, numa loja de elétricos do meu bairro, Promeca. Nessa época, eu precisava treinar de manhã, voltar para Várzea para trabalhar e depois voltar para o treino em Jundiaí. E nisso, o Cláudio se ofereceu para me levar e buscar [dos treinos], já que a gente morava literalmente um do lado do outro. Fomos convivendo bastante e criando um vínculo de irmão mesmo! Ele é aquele tipo de pessoa que se você está passando por algo ruim, ele faz o possível e o impossível para te ajudar. Agradeço a ele por isso.”


Ricardinho, como é chamado pelos amigos, finalizou confidenciando que sua rotina é bem corrida, porém é a vida de um atleta de alto rendimento. E que aprecia demasiadamente o fato de seus mestres acompanharem a sua evolução, observando em que aspectos precisa melhorar e dando total suporte para isso.


Muay Thai em solo brasileiro


O Muay Thai no Brasil chegou em 1979. A primeira associação foi criada em 1980, e em 1981 foi realizado o primeiro campeonato entre Rio de Janeiro e Paraná. Quando o Muay Thai surgiu na Tailândia, os monges tinham a tradição de fazer tatuagens para a bênção de Deus, e acreditavam que tinham a capacidade de conquistar a admiração de seus oponentes. E essa tradição também existe no Brasil, onde a grande maioria dos lutadores tem tatuagens. O símbolo no Muay Thai é a cobra porque, como a cobra, um lutador deve ter uma estocada rápida e precisa de bons reflexos.


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